México: mais de 400 mil pessoas participaram da Marcha pela Família
Cidade do México - No último sábado, 24, mais de 400 mil pessoas de todo o México participaram da multitudinária Marcha pela Família realizada na Cidade do México.
Em um clima de festa e vestidos de branco, a multidão partiu do Auditório Nacional até o Anjo da Independência, onde os participantes escutaram um importante manifesto pela família de 10 pontos.
Entre os principais pedidos da Frente Nacional pela Família, organizadora da marcha, estão a proteção da família constituída pelo casamento entre um homem e uma mulher, o direito dos pais a educar os seus filhos segundo as suas convicções e o rechaço à imposição da ideologia de gênero por parte do governo.
Em declarações à imprensa, Consuelo Mendoza, da União Nacional de Pais de Família, que faz parte da Frente organizadora da marcha, assinalou que os participantes “querem um México melhor, onde as autoridades representem bem os verdadeiros interesses dos mexicanos”.
Acerca da sua postura em relação ao coletivo lésbico gay, a líder disse: “Sempre falei com muitíssimo respeito por sua dignidade, pelas decisões de vida e suas preferências. Isto não os exclui como mexicanos. O que pedimos é que respeitem a família natural”.
“O governo e a cidadania estão vivendo um despertar. O México sempre se distinguiu pela impressionante valorização da família (...) Demonstramos isso no dia 10 de setembro e voltamos a demonstrar agora”, acrescentou.
“Sairemos quantas vezes for necessário às ruas”, precisou.
Por sua parte, Juan Dabdoub Giacoman, Presidente do Conselho Mexicano da Família, que também é membro da Frente organizadora desta marcha, recordou que em fevereiro deste ano foi apresentada uma iniciativa a favor da família com mais de 200 mil assinaturas, mas “foi ignorada olimpicamente”.
“Em seguida, o presidente (Peña Nieto), que está contra o pedido da cidadania, faz algo diferente e percebemos esta reação impressionante” com a Marcha pela Família.
Além disso, denunciou que a instituição que luta pela não discriminação no México, a Conapred, “parece um apêndice da comunidade gay”, pois está “concentrada nela e não apoia as famílias”.
“Estamos dispostos a conversar com os ministros (juízes da Suprema Corte) de maneira aberta”, disse Dabdoub e explicou que também estão abertos ao diálogo com o coletivo gay: “Se nos aproximarmos, poderemos encontrar caminhos para proteger o que eles pedem e proteger as famílias, a fim de que não nos sintamos invadidos por esta ideologia que o presidente está tentando impor”.
Por outro lado, Fernando Guzmán Pérez Peláez, Vice-presidente de ‘Confamilia’, precisou que Peña Nieto “se equivocou com sua iniciativa, optou pelas suas convicções pessoais, sem consultar o povo mexicano”.
“Que se abram as portas dos ‘Pinos’ (residência presidencial) a fim de que a Frente possa expor ante o presidente seus argumentos e nossos filhos não sejam educados na ideologia de gênero”, solicitou.
Guzmán explicou que “não há discriminação quando dizemos que o casamento é entre um homem e uma mulher. O Tribunal de Estrasburgo, o tribunal de direitos humanos mais importante do mundo, o ressaltou em suas sentenças”.
O líder pró-família também comentou que participaram desta marcha pessoas de diferentes cidades do México, como Chihuahua, Mérida, Zamora, Mazatlán, Jalisco, Sonora, entre outras, e todos os “mexicanos estavam alegres e participaram de forma pacífica”.