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Santa Sé: humanidade seja libertada do espectro de uma guerra nuclear



Observador permanente da Santa Sé na ONU, Dom Bernardito Auza - RV


Nova York - “A Santa Sé faz seu o grito da humanidade que clama para ser libertada do espectro de uma guerra nuclear”: foi o veemente apelo lançado pelo observador permanente da Santa Sé na ONU, Dom Bernardito Auza, em pronunciamento na 71º sessão da Assembleia plenária das Nações Unidas, dedicada ao desarmamento atômico.


A paz e a estabilidade internacional não podem ser asseguradas mediante um “equilíbrio do terror”, afirmou o representante pontifício.


Paz assegurada por armas atômicas é ilusão


As armas nucleares oferecem um “falso sentido de segurança” e uma paz assegurada por uma dissuasão atômica é uma “trágica ilusão”, constatou o arcebispo filipino. Dom Auza ressaltou que a posse de tais armamentos é “moralmente errônea”, uma afronta “ao quadro geral das Nações Unidas”.


Papa Francisco: “uma vez por todas”, proibir as armas nucleares


Recordando a Mensagem do Papa Francisco por ocasião da Conferência sobre o impacto humanitário das armas nucleares, realizada em Viena, na Áustria, em 2014, o núncio apostólico repropôs o conceito expresso pelo Santo Padre, segundo o qual o desejo de paz e de fraternidade “dará frutos de modo concreto” assegurando que “uma vez por todas as armas nucleares sejam proibidas”, para o bem da nossa “casa comum”.


Por outro lado, “as armas nucleares não podem criar um mundo estável e seguro”, prosseguiu o prelado. A paz e a estabilidade internacional não podem ser asseguradas com a “ameaça de aniquilamento total”, nem com a manutenção de um “equilíbrio do terror”:


Francisco declarara, dois anos atrás, que a paz deve ser construída “na justiça, no desenvolvimento socioeconômico, na liberdade, no respeito pelos direitos humanos fundamentais, na participação de todos nas questões públicas e na construção de confiança entre os povos”.


Apoio ao Tratado de não-proliferação nuclear


Em seguida, a Santa Sé reitera seu apoio ao Tratado de não-proliferação nuclear (Tpn), considerado “vital” para a concórdia internacional, observando até o presente uma falência coletiva na prossecução do programa de desarmamento e solicitando para tal fim uma conferência em 2017 a fim de negociar um instrumento “juridicamente vinculador” para proibir definitivamente tais armas.

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