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As missões não devem parar



Estimados Diocesanos! Neste domingo, a Igreja celebra o “Dia mundial das missões e da infância e adolescência missionária”. É uma celebração para reavivar o compromisso de cada batizado com o anúncio do Evangelho. Mas, ao mesmo tempo, o compromisso da “Igreja” comunidade de fé, com todos aqueles e aquelas que se dispuseram a partir para a missão, em realidades quase sempre difíceis e desprovidas dos recursos básicos para a sobrevivência até da vida humana.


Os missionários não são anjos, mas homens e mulheres que responderam ao chamado do Senhor, e, dóceis ao Espírito Santo, tiveram a coragem de partir para viver o Evangelho em realidades muitas vezes extremas. Nesses dias, os meios de comunicação traziam as imagens do rastro de destruição deixado pela passagem do furacão Matthew no Haiti. Este pequeno país do Caribe, que ainda sofre para se recuperar do grande e devastador terremoto de 2010, foi mais uma vez assolado por este terrível fenômeno da natureza. Lá, por amor ao Evangelho, estão trabalhando vários missionários e missionárias do Brasil, além dos nossos militares que compõem a força da ONU. Participando da vida, vivendo em meio à dor e às esperanças daquele povo, estão também missionários e missionárias do Rio Grande do Sul.


Como Igreja povo de Deus, queremos expressar nossos sentimentos às famílias atingidas que perderam seus entes queridos, através da oração. Mas também fazer, neste Ano Santo do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, um gesto que manifeste a fé, a partilha, a comunhão e a solidariedade do nosso povo, que nasce do olhar para Cristo Crucificado e da ternura de Maria, Mãe da Misericórdia.


“A missão evangelizadora da Igreja é essencialmente anúncio do amor, da misericórdia e do perdão de Deus, revelados aos homens mediante a vida, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo” (Papa Francisco). Para que não faltem missionários para servirem a Igreja na missão, “compartilhando com os mais afastados o pão da Palavra e levando a todos o dom do inexaurível amor que brota do coração do Salvador”, é fundamental criarmos consciência missionária em nossas famílias e comunidades, a começar pelo apoio à infância e adolescência missionária. Assim, estaremos preparando os futuros missionários, para que a missão da Igreja continue na história da humanidade.

Autor: Dom José Gislon

Bispo de Erexim

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