É verdade que a Igreja Católica cancelou o Natal no Egito? Porta-voz responde
ROMA - Diversas informações recentes apontavam que a Igreja Católica Copta do Egito cancelaria as celebrações do Natal, como um gesto de solidariedade às vítimas do ataque terrorista contra a catedral copta ortodoxa no Cairo, no dia 11 de dezembro. Entretanto, o porta-voz da Igreja nesse país fez alguns esclarecimentos a estes rumores.
Em declarações ao Grupo ACI, o porta-voz da Igreja Católica no país, Pe. Rafic Greiche, explicou que “a Igreja Católica não cancela a festa de nosso Senhor Jesus, mas cancela os atos lúdicos populares próprios da celebração de fim de ano e outras similares”.
“Em outras palavras – continuou o Pe. Greiche em sua explicação –, serão celebrados os atos litúrgicos próprios do Natal, mas não as festas de fim de ano e outras celebrações não religiosas, pois serão canceladas”.
Outras fontes católicas do país mostraram também seu assombro pelo mal-entendido causado por determinadas informações mal contrastadas. Por meio delas se transmitiu a mensagem equivocada de que a Igreja havia decidido cancelar o Natal no Egito. “Natal é Natal e seria absurdo cancelá-lo. Pode mudar o nosso modo de vivê-lo e celebrá-lo, devido às atuais circunstâncias trágicas, mas não podemos não o viver”, indicou ao Grupo ACI uma fonte que preferiu permanecer anônima. “De qualquer maneira – continuou –, certamente não podemos celebrá-lo como se esta tragédia não tivesse acontecido”.
No último dia 11 de dezembro, 25 cristãos morreram e aproximadamente 50 pessoas ficaram feridas em um atentado reivindicado pelo Estado Islâmico contra a catedral copta ortodoxa de São Marcos, no Cairo (Egito). Os terroristas colocaram uma bomba dentro da capela de São Pedro e São Paulo, ao lado da catedral, sem que as fortes medidas de segurança do complexo catedrático pudessem fazer nada para evitar este crime brutal.