Adivinhos e cartomantes? Uma estupidez, disse o Papa ao recordar história
Vaticano - Uma curiosa história sobre videntes, adivinhos e cartomantes fez parte da catequese que o Papa Francisco pronunciou na Audiência Geral desta quarta-feira, na qual falou sobre as “falsas esperanças” oferecidas por “falsos ídolos”, aos quais muitas vezes o homem recorre.
O Papa denunciou que, muitas vezes, “pensamos poder encontrá-la (confiança) na segurança que pode dar o dinheiro, nas alianças com os poderosos, na mundanidade, nas falsas ideologias”
“Às vezes, nós a buscamos em um deus que possa se inclinar aos nossos pedidos e magicamente intervir para mudar a realidade e torna-la como nós a queremos; um ídolo que, como tal, não pode fazer nada, impotente e mentiroso”.
Neste ponto, Francisco improvisou e contou a história:
“Nós gostamos dos ídolos. Uma vez, em Buenos Aires, eu tinha que ir de uma igreja para outra, cerca de mil metros, e percorri caminhando. Tinha um parque no meio. No parque havia pequenas mesas, mas muitas, muitas, onde estavam os videntes”.
“Tinha tanta gente que faziam até fila. Você dava mão e ele começava, mas o discurso era sempre o mesmo: ‘há uma mulher na sua vida, tem uma sombra chegando... mas tudo acabará bem’. E você pagava. Isso dá segurança. É a segurança de, permitam-me a palavra, de uma estupidez”, narrou o Papa.
“Este é o ídolo. ‘Ah, fui na vidente e ela leu as cartas’ – sei que ninguém de vocês faz isso – ‘por causa disso eu sai melhor’. Você paga para ter uma falsa esperança. Isso é ídolo. E nós somos tão apegados. Compramos falsas esperanças”.