Vírus zika e poliomielite. Existe uma ligação?
Família vítima do vírus zika - EPA
Cidade do Vaticano - Um ano depois da declaração de Emergência de Saúde Pública por causa do vírus zika, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que um bom progresso foi alcançado no desenvolvimento de uma vacina.
Segundo o organismo, os técnicos da agência da ONU trabalharam com mais de 40 medicamentos experimentais em candidatos a vacinas. Os testes devem continuar por mais três ou quatro anos até que o produto final esteja pronto.
A OMS registrou 707 mil casos de zika de maio de 2015 a dezembro de 2016.
Em novembro passado, a agência suspendeu a situação de emergência de saúde pública. Mas mesmo assim, a diretora-geral da organização, Margaret Chan, afirmou recentemente que o mundo deve se preparar para um combate ao vírus a longo prazo.
O vírus zika desafiou os sistemas de vigilância de surtos em muitos países em risco e com poucos recursos. O zika pode desencadear a Síndrome de Guillain-Barré (SGB), uma condição rara em que o sistema imunológico de uma pessoa ataca os nervos periféricos e que, em casos graves, pode resultar em paralisia quase total. A paralisia flácida aguda é um indicador de SGB e poliomielite. A Organização Mundial da Saúde (OMS) monitora o sistema de vigilância da poliomielite para detecção de surtos do vírus zika. Nós conversamos com o infectologista Dr. Pedro Luiz Tauil, docente na Universidade de Brasília, sobre a ligação entre o vírus zika e a poliomielite.