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Papa Francisco pede a ONU eliminação das armas nucleares



Pede que o dinheiro gasto nesse setor seja destinado a desenvolvimento humano e social


Roma- O Papa Francisco enviou uma mensagem à Conferência da ONU indicando que é possível construir um mundo sem armas nucleares e encorajou os países da Organização das Nações Unidas (ONU) a persistirem nesse objetivo.


A Conferência é em Nova York, nos Estados Unidos, até 31 de março. O apelo do papa foi dirigido a Elayne Whyte Gomez, que presidente a Conferência da ONU que tenta negociar um instrumento legalmente vinculante para proibir armas nucleares. Entre 15 de junho e 7 de julho, haverá outra rodada de negociações.


“O objetivo final da eliminação das armas nucleares torna-se tanto um desafio como um imperativo moral e humanitário”, indicou o Santo Padre.


Representando a Santa Sé, participa do evento o Subsecretário das Relações com os Estados, Mons. Antoine Camilleri, que leu a mensagem do Papa Francisco.


No texto, o Pontífice cita os efeitos devastadores das armas nucleares e suas catastróficas consequências humanitárias e ambientais para questionar a sustentabilidade de um equilíbrio baseado no medo.


“A paz e a estabilidade internacionais não podem ser fundadas sobre um falso sentido de segurança, sobre a ameaça de uma destruição recíproca ou de total aniquilamento, sobre a simples manutenção de um equilíbrio de poder”. Pelo contrário, a paz deve ser construída sobre a justiça, sobre o desenvolvimento humano integral, sobre o respeito dos direitos humanos fundamentais e da natureza, indica.


Portanto, nesta perspectiva, para Francisco é preciso ir além da proibição das armas nucleares, adotando estratégias de longo alcance para promover a paz e a estabilidade e evitar políticas míopes aos problemas de segurança nacional e internacional, que ultrapassem o medo e o isolacionismo.


Neste contexto, prossegue o Papa, “o objetivo final da eliminação das armas nucleares se torna seja um desafio, seja um imperativo moral e humanitário”.


“A humanidade tem a capacidade de trabalhar junta para construir a nossa casa comum; temos a liberdade, a inteligência e a capacidade de guiar e dirigir a tecnologia, assim como a de limitar o nosso poder e de colocá-lo a serviço de outro tipo de progresso: mais humano, mais social e mais integral,” escreve Francisco.


O Santo Padre faz votos de que a Conferência seja profícua e dê uma contribuição eficaz no avanço da ética da paz e da segurança cooperativa multicultural, “de que a humanidade tanto necessita”.

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