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Papa Francisco alerta sobre 3 perigosos fatores que desestabilizam o mundo



Papa Francisco recebe a credencial da embaixadora da Mauritânia / Foto: L'Osservatore Romano


VATICANO - O Papa Francisco identificou como as principais causas da desestabilização política e social em diferentes lugares no mundo três fatores: a economia egoísta, o uso indiscriminado da força e o fundamentalismo religioso.


Francisco disse isso em seu discurso aos embaixadores extraordinários de Cazaquistão, Mauritânia, Nepal, Níger, Sudão e Trinidad e Tobago para a apresentação de suas credenciais.


O Santo Padre indicou que, atualmente, “o cenário internacional está marcado por uma complexidade notável e por densas nuvens. Por isso, exige uma maior consciência nos comportamentos e nas ações necessárias para empreender um caminho de paz que diminua as tensões”.


1. Economia egoísta

“Entre os fatores que agravam os problemas, estão uma economia e uma finança que, ao invés de servir o ser humano concreto, se organizam principalmente para servir a si mesmas e subtrair-se ao controle dos poderes públicos”.


Isto, recordou o Papa, “mantém a responsabilidade do bem comum, mas não tem os instrumentos necessários para moderar os exagerados apetites de poucos”.


2. Uso indiscriminado da força

Por outro lado, continuou Francisco, “adverte-se uma crescente propensão a considerar a força não como último recurso, mas quase como um meio entre os demais, sem uma aprofundada avaliação das consequências”.


3. O fundamentalismo religioso

O terceiro fator que agrava os conflitos, denunciou o Pontífice, é “o fundamentalismo, o abuso da religião para justificar a sede de poder e a instrumentalização do nome de Deus para avançar com todos os meios o próprio desenho da hegemonia”.


Frente a estas degradações e riscos para a paz no mundo, o Santo Padre propôs “responder construindo uma economia e encontrar um financiamento responsável diante do destino do ser humano e das comunidades. Que o homem, e não o dinheiro, volte a ser a finalidade da economia!”.


Também propôs “fazer frente às diferenças com a paciência corajosa do diálogo e da diplomacia, com iniciativas de encontro e de paz, e não com a exibição da força e seu uso precipitado e desconsiderado”.

Finalmente, assinalou que “é indispensável isolar quem quiser transformar a pertença a uma religião em motivo de ódio aos demais”.


“A quem deturpa assim a imagem de Deus, se oponha um empenho conjunto para mostrar que se honra o seu Nome salvando vidas, e não as matando, levando reconciliação e paz, e não divisão e guerra, com a misericórdia e a compaixão e não com a indiferença e a brutalidade”, concluiu.

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