Suécia castigará ONGs que deixarem de promover abortos por pressão dos Estados Unidos
Imagem referencial / Crédito: Flickr de Quinn Dombrowski (CC-BY-SA-2.0)
A Agência Sueca de Cooperação Internacional ao Desenvolvimento (SIDA) informou que suspenderá o financiamento às organizações que cedam à política ‘Cidade do México’ do presidente norte-americano, Donald Trump, que impede que os grupos de recebem fundos dos Estados Unidos pratiquem, promovam ou informem sobre o aborto.
SIDA, que no ano passado gerenciou um orçamento de 18,7 bilhões de coroas suecas (2,215 bilhões de dólares), indicou que apoiará a partir de agora os planos de “saúde sexual e reprodutiva” daquelas organizações que não aceitem as exigências de Trump e, portanto, deixem de receber o seu financiamento.
Nesse sentido, a diretora Geral da Agência, Carin Jämtin, assinalou que “trata-se dos direitos das mulheres de decidir quando, quantos e se querem ter filhos. Os direitos à saúde sexual e reprodutiva são um pré-requisito para poder frequentar a escola e fazer parte ativamente do mercado de trabalho”.
Do mesmo modo, enfatizou que, “enquanto os Estados Unidos implementam políticas que afetarão os países mais pobres e os grupos mais vulneráveis – mulheres e crianças que necessitam de assistência –, SIDA deve garantir que a ajuda sueca continuará destinada àquelas atividades acordadas”.
A agência governamental sueca informou também que para “compensar” os efeitos da decisão de Trump, neste ano destinará 170 milhões de coroas (20,1 milhões de dólares) adicionais para apoiar organizações que desenvolvam diretamente tarefas relacionadas à saúde sexual, à anticoncepção, ao aborto seguro e aos cuidados maternos.
A Suécia destina anualmente 7% do seu pacote de ajuda ao desenvolvimento aos programas relacionados à prevenção da natalidade e ao aborto nos países pobres, segundo indicaram agências.