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Gratidão aos professores


Ainda somos uma sociedade que não sabe reconhecer e valorizar os professores. Mas, precisamos começar a refazer este caminho. Dedico hoje meu artigo semanal para agradecer a todos os professores pelo empenho e dedicação em ensinar nossas crianças, adolescentes, jovens e adultos.


Gratidão aos mestres que saem de casa, deixam seus filhos para cuidar dos filhos dos outros. Ser professor é ser missionário. É uma missão. É levar, sobretudo, amor aos que precisam de conhecimento. Antes do conhecimento, é preciso o amor.


Para escrever este artigo, na minha página do Facebook fiz uma pesquisa para saber quais são as angustias atuais dos professores. Além das respostas virtuais, atendo com frequência muitos professores e sabemos que há algo que tem tirado o sono de muitos deles: a violência.


As nossas escolas nunca foram tão violentas como atualmente. Qual a origem dessa violência? Todos sabemos: a fragilidade dos laços familiares. Família é a base de tudo. Famílias destruídas geram filhos tristes, carentes, sedentos de amor.


Há certos movimentos ideológicos que querem destruir as Famílias, mas defendem a educação. São movimentos incoerentes. O sistema educacional precisa ter coerência.


Por isso quero hoje parabenizar os professores que levam ternura para a sala de aula. Professores que olhem para os seus alunos não como objetos, mas como pessoas humanas que precisam de uma especial atenção.


Clamemos às autoridades políticas para que ofereçam condições de trabalho aos professores. Todos nós somos chamados a valorizar os professores com atitudes e não apenas com belas palavras. Aos professores, minha gratidão e também alguns conselhos. Não se deixem abater pelo desânimo do sistema. Não se deixem abater pelas falsas ideologias.


Resgato aqui uma fala do papa Francisco à comunidade universitária no Equador, em 2015: “Os nossos centros educativos são uma sementeira, uma possibilidade, terra fértil que devemos cuidar, estimular e proteger. As comunidades educativas têm um papel fundamental, essencial na construção da cidadania e da cultura. Não basta realizar análises, descrições da realidade; é necessário gerar as áreas, espaços de verdadeira pesquisa, debates que gerem alternativas para as problemáticas especialmente de hoje.


Perante a globalização do paradigma tecnocrático que tende a ‘crer que toda a aquisição de poder seja simplesmente progresso, aumento de segurança, de utilidade, de bem-estar, de força vital, de plenitude de valores, como se a realidade, o bem e a verdade desabrochassem espontaneamente do próprio poder da tecnologia e da economia’ (LS 105), é-nos pedido, com urgência, que nos animemos a pensar, a debater sobre a nossa situação atual, sobre o tipo de cultura que queremos ou pretendemos não só para nós, mas também para os nossos filhos, para os nossos netos. Esta terra, recebemo-la como herança, como um dom, como um presente. Far-nos-á bem interr ogarmo-nos: Como queremos deixá-la? Qual é a orientação, o sentido que queremos dar à existência? Com que finalidade passamos por este mundo? Para que lutamos e trabalhamos? (LS 160).


As iniciativas individuais são sempre boas e fundamentais, mas é-nos pedido para dar um passo mais: animar-nos a olhar a realidade organicamente e não de forma fragmentária; a fazer perguntas que nos envolvam a todos, uma vez que ‘tudo está interligado’ (LS 138).


Como Universidade, como centros educativos, como professores e estudantes, a vida desafia-vos a responder a esta pergunta: Para que precisa de nós esta terra? Onde está o teu irmão?


Que o Espírito Santo nos inspire e acompanhe, pois foi Ele que nos convocou, convidou, deu a oportunidade e, por sua vez, a responsabilidade de dar o melhor de nós mesmos. Oferece-nos a força e a luz de que precisamos. É o mesmo Espírito que, no primeiro dia da criação, pairava sobre as águas com a vontade de transformar, de dar vida. É o mesmo Espírito que deu aos discípulos a força do Pentecostes. É o mesmo Espírito que não nos abandona, fazendo-se um conosco para encontrarmos caminhos de vida nova” (Papa Francisco).


Com intercessão de Santa Tereza d'Ávila, padroeira dos professores, minha benção a todos os profissionais da educação.


Dom Anuar Battisti Arcebispo de Maringá-PR

Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Maringá-PR

Assessoria de Comunicação e Imprensa www.arquidiocesedemaringa.org.br Jornalista responsável: Everton Barbosa | 44 3227-1706 | 44 9118 1511 www.facebook.com/ArquidioceseMaringa

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