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Padre Fortea sobre Halloween: Um católico pode se fantasiar e participar?


Imagem referencial. Foto: Pixabay / Domínio público


A poucos dias do início das celebrações do Halloween em vários países, o famoso teólogo espanhol e especialista em demonologia, Pe. José Antonio Fortea, se pronunciou sobre se os fiéis católicos podem ou não participar das festas, fantasiar-se e pedir doces.


Em um diálogo com o Grupo ACI, o Pe. Fortea precisou que “a resposta não é simples”.

“Em si mesma, a celebração desta festa, tal como era há cem anos, duzentos anos, não havia nada de errado, e muito menos em uma sociedade tão cristã, como era norte-americana há 50 anos. Reduzia-se a fantasiar-se e a visitar as casas, nada mais do que isso”.


Naquela época, disse, “as fantasias eram muito inocentes e bondosas. As pessoas se fantasiavam de cenoura, de xerife, outros de bombeiro, não havia nada de errado nisso”.


Entretanto, precisou, “o que acontece é que há algumas décadas, esta festa começou pouco a pouco a ter alguns aspectos mais relacionados à bruxaria, algo do tipo assustador, e as fantasias já não eram inocentes – de piloto ou de médico –, mas cada vez eram fantasias mais sangrentas, que estavam relacionadas com o estilo gore ou com a bruxaria”.


O gore é um gênero de cinema que abunda em imagens sangrentas e com sofrimento físico extremo.

“Então houve uma evolução desta festa que tem sido muito negativa”, assinalou o sacerdote e advertiu que no Halloween “cada vez mais o que está relacionado com bruxaria está ganhando predominância”.


Mas as crianças se fantasiam no Halloween, disse, “não podemos dizer especificamente que é demoníaco, porque há pais que realmente acreditam em Jesus, que são católicos, que apenas colocam uma fantasia no seu filho, em uma pequena festa na escola e só isso”.


“Você precisa usar o senso comum”, disse e recordou que uma mãe que pertencente ao Opus Dei lhe perguntou a mesma coisa.


“Está em um colégio em Madri. Simplesmente vão fazer uma festa no colégio, a sua filha tem 6 anos, todos vão se fantasiar. Eu me perguntava: Será que há algum problema que a minha filha de 6 anos use uma fantasia?”.


Para o Pe. Fortea, embora a mãe “tenha o direito de se recusar, também não vejo nenhum problema em algo tão inocente”.


“É claro que existem outros casos em que a fantasia é extremamente monstruosa, cheia de sangue, vísceras, cicatrizes, isso é desagradável, isso não é moralmente neutro”, precisou.


O sacerdote acrescenta que “a mídia está relacionando cada vez mais a festa de Halloween à bruxaria”.

“Eu acho que o senso comum nos mostra que a festa de Halloween hoje tem uma conotação muito negativa, que não sabemos onde vai acabar”.


“Mas se uma mãe não quer chamar a atenção e que a sua filha use uma fantasia, eu também não veria isso como algo negativo”, disse, pedindo mais uma vez recorrer o “senso comum”.


Os filmes de terror atraem demônios?

Perguntado se os filmes de terror podem provocar atividade demoníaca, o teólogo espanhol explicou que “falaria mais do quanto são pecaminosos, em vez dos demônios, porque os demônios estão à nossa volta, vêm de vez em quando, nos tentam. Mas nem sempre estão do nosso lado a cada momento”.


“Tudo o que é pecado os atrai, mas todo pecado, qualquer tipo que seja”.


Pe. Fortea indicou que “há filmes que realmente são desagradáveis, porque são gore, são filmes que qualquer pessoa normal deve achar desagradáveis”.


“E isso é o porque, há muito tempo, cada vez mais pessoas se sentem atraídas pelo sangue e pelas vísceras e quanto mais assustadoras são as cenas, mais elas desfrutam. É algo social, aqui não adianta tentar resolver o problema dando um sermão”.


O sacerdote lamentou que “é uma sociedade que está aceitando isso”.


“Eu acredito que nós que acreditamos no Evangelho devemos tentar levar uma vida que esteja mais de acordo com o que é natural, com o que Jesus quer. Mas, infelizmente, a nossa capacidade, na maioria dos países, de influenciar neste caminho é limitada e se torna cada vez mais limitada”.


“Mas devemos deixar claro: há filmes que, devido ao seu conteúdo sangrento, seu caráter não natural, tão prejudicial à dignidade da natureza humana, não deveriam ser assistidos. E certamente podemos cair no que é pecado”, advertiu.

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