Atentado contra mesquita no Egito mata ao menos 235 pessoas
Pessoas caminham diante da Mesquita al-Rawdah, atacada na manhã desta sexta-feira - EPA
Cairo – Sobe para 235 o número de mortos no ataque ocorrido na manhã desta sexta-feira contra uma mesquita no norte da Península do Sinai.
Segundo a Agência oficial Mena – que cita fontes de segurança do Cairo – ao menos 125 pessoas ficaram feridas no ataque.
Homens armados não identificados, suspeitos de fazerem parte de grupos islâmicos, lançaram uma bomba contra a Mesquita al-Rawdah, para então abrir foco contra os fiéis que rezavam no dia sagrado para os muçulmanos.
Nenhum grupo assumiu o atentado, o mais mortal na Península do Sinai há anos. Segundo fontes locais, as vítimas são muçulmanos pertencentes à corrente mística "sufi", considerada apóstata pelo Estado Islâmico.
As forças armadas do Egito, com o uso de drones, afirmaram ter matado 15 milicianos envolvidos no atentado em uma região desértica próxima a Bir al-Abed, a oeste da cidade de Arish.
O Presidente egípcio al-Sisi reuniu o gabinete para uma reunião de emergência. Foi decretado luto oficial de três dias no país.
Chefes de Estado e Governo de diversos países condenaram o atentado, ao mesmo tempo em que reafirmam o compromisso de lutar contra o terrorismo.
Este é mais um atentado no âmbito das violências perpetradas contra as comunidades religiosas não-islâmicas ou que seguem um tipo de islã diferente daquele oficial sunita.
No decorrer de 2017, a comunidade cristã egípcia foi alvo de uma série de ataques. O último dos quais, o atentado contra um ônibus em 26 de maio, que matou dezenas de peregrinos coptas.
Milicianos do Isis cometem constantes ataques, sobretudo no Sinai, com o objetivo de instabilizar o governo do Presidente Abdel Fattah al-Sisi.
Desde a deposição do ex-Presidente islâmico Mohammed Morsi em 2013, terroristas islâmicos assassinaram centenas de soldados e policiais.