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DÍZIMO = UMA PROPOSTA EDUCATIVA TATTO





Temos que considerar a Pastoral do Dízimo como uma proposta educativa, considerando as razões pelas quais as pessoas devem contribuir. Isto se dá quando é feito, e bem feito, o trabalho de conscientização na razão de ser do dízimo, suas origens, história, conseqüências através dos tempos e íntima ligação com Deus Criador de todas as coisas. Jamais a motivação devem ser as necessidades da Paróquia, as despesas a pagar. A motivação deve ser sempre a íntima ligação com Deus, pertença a Deus de tudo, de nós mesmos, a alegria de participar na construção do Reino de Deus com um pouco de tudo que Deus tem nos dado.Uma Paróquia que apresenta uma dívida a pagar como motivação para maior contribuição dos fiéis, transmite um aspecto negativo de má administração. Ao invés de motivar, desmotiva e dá asas a más interpretações.


Uma Pastoral do Dízimo bem planejada não leva em conta as necessidades para contribuição, e sim as razões pelas quais se deve contribuir. Isto não invalida, ao contrário legitima, a prestação de contas, o dar conhecimento à comunidade dos projetos paroquiais, tanto no sentido dos investimentos patrimoniais como pastorais.


Se um conselho toma conta das coisas da Paróquia, é mais difícil, diria impossível, errar. Quando a motivação não é Pastoral, baseada em sólidas orientações bíblicas, podemos levar, como tem acontecido muito, pessoas decidirem: “Só ajudo a Paróquia se sei onde será investido o dinheiro”. Esta não deve ser desculpa para os fiéis. Embora seja um direito saber do bom uso dos recursos, não se justificam tais exigências. Na maioria das vezes é uma desculpa para não contribuir. E é sinal de que não foi feito um bom trabalho de conscientização sobre o verdadeiro sentido do dízimo e sua razão de ser. As pessoas bem formadas colocam-se de outro modo, acompanhando a comunidade, se envolvendo nela, ajudando-a na administração, participando. Quando os recursos são bem usados todos vêem os resultados.


Na Pastoral do dízimo, Deus é a prioridade. Dar o dízimo deve consistir em experimentar uma liberdade que nos dá muita alegria.


Para as pessoas que são bem orientadas, importa o dever cumprido, a sensação de gratuidade. Louvar o Senhor, reconhecer que tudo é de Deus, e devolver um pouco de tudo a Ele, através de Sua Igreja, é uma honra muito grande! Responde isto ao que diz o Concilio Vaticano II: “É um dever e uma honra para os cristãos devolver a Deus uma parte dos bens que Dele receberam”.


E também o que estabelece o Cânon 222: – “Os fiéis têm obrigação de socorrer às necessidades da Igreja, a fim de que ela possa dispor do que é necessário para o culto divino, para as obras de apostolado e de caridade, e para o honesto sustento dos ministros.Têm também a obrigação de promover a justiça social e, lembrados do preceito do Senhor, socorrer os pobres com as próprias rendas”.


Autor: Antoninho Tatto - Meac São Paulo Apóstolo

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