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A verdade sobre a renúncia de Bento XVI: revelações de um novo documentário


Os colaboradores de Bento XVI desmentem que as causas da renúncia tenham sido o vazamento de documentos para a imprensa e a questão dos abusos sexuais


Foi no dia 11 de fevereiro de 2013. Bento XVI comunicou ao mundo a decisão de renunciar ao exercício do ministério papal. Um acontecimento histórico que deixou muitas interrogações.


Cinco anos depois, em decorrência do aniversário de 91 anos do Papa Emérito, foi apresentado no Vaticano o documentário “Bento XVI, a hora da verdade”, que tenta esclarecer os motivos daquela decisão.

Pessoas próximas a Joseph Razinger, como o irmão dele, Georg, o padre Federico Lombardi (que já foi porta-voz da Santa Sé) e o prefeito da Casa Pontifícia, Monsenhor Georg Gänswein, que, durante anos foi secretário pessoal de Bento XVI, participam do documentário e revivem aquele momento.


Relembrando a irmã falecida de Bento XVI, María, particularmente amada pelo Papa, o cardeal Schönborn – arcebispo de Viena e um dos discípulos teológicos do professor Ratzinger – revela: “No dia posterior ao conclave, quando entrou na casa Santa Marta para tomar café da manhã, vestido de branco – nosso querido professor, nosso amigo, vestido de branco – cumprimentou cada um, e eu lhe disse: ‘Santo Padre, ontem, em sua eleição, pensei em sua irmã, María, e me perguntei se ela não pediu ao Senhor para que Ele tomasse a vida dela e deixasse a do seu irmão. E ele me respondeu: Creio que sim’”.


Um momento decisivo do documentário ajuda a compreender a decisão de Ratzinger. Quem explica é Stephan Horn, que foi assistente dele na Universidade Ratisbona, seu discípulo e amigo: “O médico disse que ele não poderia viajar ao Brasil para participar da Jornada Mundial da Juventude. Portanto, seria melhor renunciar um pouco antes”.


O padre Federico Lombardi, lembra a impressionante responsabilidade de um Papa, que tem uma maratona diária de compromissos, como cerimônias litúrgicas, viagens, longas reuniões, audiências etc). O Papa Ratzinger não poderia enfrentar tanto esforço devido à perda natural de forças por causa da idade. Segundo o sacerdote jesuíta, é evidente que este foi o verdadeiro motivo de sua renúncia.


O monsenhor Georg Gänswein desmente categoricamente que o motivo da renúncia tenha sido o vazamento para a imprensa de documentos por parte de seu mordomo (o famoso “Vatileaks”) – uma traição que provocou um profundo sofrimento para seu coração – ou o peso de ter que enfrentar a crise provocada pelos casos de abusos sexuais envolvendo pessoas da Igreja.


O documentário tem 48 minutos e foi produzido pela agência televisiva Rome Reports, em colaboração com o canal de TV do episcopado italiano, TV2000, e a Fundação Vaticana Joseph Ratzinger, com patrocínio da Fundação Ramón Tallaj.


Durante a exibição do documentário, o monsenhor Gänswein confirmou que o Papa Bento XVI mantém sua lucidez intelectual e reconheceu sua paulatina perda de forças físicas. Ele ainda destacou a serenidade da vida que ele leva em retiro junto à pequena comunidade do mosteiro que o acolhe no Vaticano.


O documentário “Bento XVI, a hora da verdade” foi produzido em inglês, espanhol e italiano, mas será distribuído para todo o mundo.


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