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Papa Francisco escreve prefácio de novo livro de Ratzinger


Obra será apresentada, entre outros, pelo Arcebispo Georg Gänswein, Prefeito daCasa Pontifícia e secretário particular do Papa emérito, e pelo Presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani.


Uma espécie de bússola para “compreender o nosso presente e encontrar uma sólida orientação para o futuro”: assim o Papa Francisco define os textos de Jospeh Ratzinger sobre o tema “fé e política”. O volume será apresentado em Roma em 11 de maio.


A liberdade da obediência a Deus é um tema que “desde sempre esteve no centro da atenção do Papa emérito – escreve Francisco – e isso o leva desde jovem a “refletir sobre os limites da obediência ao Estado a favor da liberdade da obediência a Deus”.


Além do mais, Ratzinger experimenta em primeira pessoa o nazismo que, “com a sua mentira totalitária” de incluir todas “as possibilidades e esperanças humanas”, se torna “demoníaco e tirânico”.


Atenção preferencial pelos pobres

Ao mesmo tempo, Bento XVI coloca em discussão “a pretensão totalitária do Estado marxista e a ideologia ateia sobre a qual se fundava”. O autêntico contraste entre marxismo e cristianismo para Ratzinger, de fato, “não deriva certamente da atenção preferencial dos cristãos pelos pobres”, destaca Francisco, mas da fonte da redenção do homem.


A verdadeira redenção do homem se encontra na “completa dependência do amor” de Deus, que é “verdadeira liberdade”.


O risco da “colonização” das consciências

Hoje, ao invés, se tende a olhar somente ao amor do homem pelo próprio ego, que leva à “colonização” das consciências, nega as diferenças entre homem e mulher, planifica racionalmente a produção de seres humanos, chegando a “considerar lógico e lícito eliminar aquilo que não se considera mais criado, doado, concebido e gerado, mas feito por nós mesmos”.


Esses são “direitos humanos aparentes” – destaca o Pontífice – todos “orientados à autodestruição do homem”, porque negam que “o homem é criatura de Deus”, que tutela sua liberdade e dignidade.


Defender a família pelo bem do mundo e da Igreja

Defender o homem “contra as reduções ideológicas”, portanto, quer dizer “fixar a obediência do homem a Deus como limite da obediência ao Estado”. E numa época de mudanças como a época contemporânea – conclui o Papa Francisco - significa “defender a família”, porque “o futuro da humanidade passa através dela” e o bem da família “é decisivo para o futuro do mundo e da Igreja”.

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